Cólicas do bebê: um dos maiores desafios dos primeiros meses de vida. Quem é mãe de primeira viagem sabe como é angustiante ver aquele serzinho tão pequeno e indefeso se contorcendo, chorando sem parar, e parecer que nada resolve. Eu mesma passei noites inteiras tentando entender o que estava acontecendo com a minha filha, até descobrir formas simples e eficazes de aliviar e até prevenir cólicas do bebê.
A verdade é que, apesar de serem comuns, as cólicas do bebê não precisam dominar a rotina da família. Com carinho, paciência e alguns cuidados naturais, é possível trazer mais conforto para o seu pequeno e paz para você. Neste artigo, quero compartilhar o que aprendi na prática, com dicas que realmente funcionaram aqui em casa. Vamos juntas nessa?
Conteúdo
- 1 Entendendo as cólicas do bebê: por que elas acontecem?
- 2 Massagens para aliviar cólicas do bebê: toque que acolhe
- 3 Dicas práticas para prevenir cólicas do bebê
- 4 Quando é hora de procurar o pediatra?
- 5 Rotina e conexão: o que mais funcionou por aqui
- 6 Conclusão: a maternidade real e o aprendizado constante
Entendendo as cólicas do bebê: por que elas acontecem?
As cólicas do bebê geralmente surgem por volta da segunda semana de vida e costumam desaparecer até o terceiro mês. Elas são causadas, principalmente, pela imaturidade do sistema digestivo, que ainda está se adaptando à digestão do leite — seja materno ou fórmula. Além disso, fatores como engolir ar durante a mamada, excesso de estímulos ou até mesmo a ansiedade dos pais podem contribuir para o desconforto.
No meu caso, percebi que os episódios aconteciam principalmente no fim da tarde. O choro era agudo, o rostinho ficava vermelho, e as perninhas se encolhiam em direção à barriga. Era uma cena de partir o coração. Mas a boa notícia é que com algumas mudanças na rotina e técnicas específicas, conseguimos reduzir bastante os episódios.
Massagens para aliviar cólicas do bebê: toque que acolhe
Uma das técnicas que mais ajudaram aqui foi a massagem. O toque da mãe, além de proporcionar alívio físico, transmite segurança e amor.
A seguir, explico algumas massagens que funcionaram por aqui:
- Massagem circular no abdômen: com as pontas dos dedos, faça movimentos suaves no sentido horário, seguindo o caminho do intestino. Isso ajuda a eliminar gases e reduzir o inchaço abdominal.
- Movimento de “pedalar” com as perninhas: deite o bebê de barriga para cima e, gentilmente, dobre as perninhas como se ele estivesse pedalando. Esse movimento favorece a liberação dos gases.
- Massagem do “I love you”: é uma técnica super conhecida! Com o bebê deitado, desenhe com os dedos a letra “I”, depois “L” invertido e, por fim, o “U” invertido no abdômen do bebê. Esse movimento estimula o intestino e promove alívio imediato.
Essas massagens não só ajudaram minha bebê, mas também se tornaram momentos nossos de conexão e carinho. Eu costumava fazer depois do banho, com um óleo vegetal levemente aquecido, e sempre conversando ou cantando baixinho.
Dicas práticas para prevenir cólicas do bebê
Com o tempo, fui percebendo que além de aliviar, era possível prevenir cólicas do bebê com algumas atitudes simples no dia a dia:
- Evite engolir ar durante a mamada: observe se a pega está correta e se o bebê está sugando de forma eficaz. Se estiver usando mamadeira, opte por bicos anticólica.
- Arroto sempre após as mamadas: não subestime o poder de um bom arroto! Mesmo que pareça que o bebê não engoliu ar, insista um pouco — isso faz toda a diferença.
- Ambiente calmo: reduzir estímulos como barulhos altos, luzes fortes ou agitação ajuda o bebê a relaxar e evita que o sistema nervoso dele fique sobrecarregado.
- Alimentação da mãe: no caso da amamentação, percebi que certos alimentos aumentavam a chance de cólicas. Cada bebê reage de um jeito, mas aqui em casa eu evitei feijão, brócolis e refrigerantes, e notei uma melhora significativa.
- Banho morno: nos dias mais difíceis, o banho quentinho no final da tarde ajudava minha filha a relaxar e dormir melhor.
Essas pequenas atitudes, repetidas com constância, fizeram uma enorme diferença na nossa rotina.
Quando é hora de procurar o pediatra?
É importante lembrar que o choro nem sempre é cólica. Se o bebê chora excessivamente, não melhora com nenhuma técnica, tem febre, vomita ou apresenta sinais de dor intensa, é fundamental procurar o pediatra. A maternidade é cheia de dúvidas, e nunca é exagero buscar ajuda profissional quando algo parece fora do normal.
Com o tempo, a gente aprende a diferenciar um choro de fome, de sono ou de dor. Mas no começo, é natural se sentir perdida — e tudo bem. Você está aprendendo junto com o seu bebê.
Rotina e conexão: o que mais funcionou por aqui
Além das técnicas, o que mais funcionou com a minha filha foi estabelecer uma rotina tranquila, com horários definidos e muita presença. O bebê percebe quando estamos ansiosas, e isso afeta diretamente o bem-estar deles. Nos dias em que eu estava mais calma, parecia que tudo fluía melhor.
Criei um ritual noturno com banho, massagem, meia luz e canção de ninar. Isso ajudava tanto ela a relaxar quanto eu. Ter esse momento juntas, longe das telas e da correria, foi essencial para criar vínculo e segurança — e, claro, para prevenir crises de cólica.

Conclusão: a maternidade real e o aprendizado constante
Passar pelas cólicas do bebê foi um dos meus primeiros grandes desafios como mãe. No começo, me sentia impotente, frustrada e até um pouco culpada por não conseguir acalmar minha filha. Mas com o tempo, descobri que a maternidade é isso mesmo: um aprendizado constante, cheio de tentativas, erros e acertos.
Hoje, compartilho essas experiências com o coração aberto, porque sei o quanto uma dica sincera pode fazer diferença na vida de outra mãe. Se você está passando por isso, respire fundo. Você está fazendo o seu melhor, e isso já é o suficiente. Com amor, paciência e algumas técnicas, as cólicas do bebê vão passar — e vocês sairão ainda mais fortes e conectados depois disso.
Se esse artigo te ajudou, compartilha com outra mãe que esteja precisando de apoio. Estamos todas juntas nessa jornada 💛